PÁGINA PRINCIPAL   |   ARTIGOS   |    A DENGUE NO BRASIL   |   PUBLICAÇÕES   |   LEGISLAÇÃO   |    LINKS   |   MATERIAL PARA DOWNLOAD
Chega de Dengue!


Saiba mais sobre a Dengue!

Mantenha-se informado.
mantenha-se informado


Notícias, dicas e orientação no seu e-mail.

Plantas Curativas


tanabaiana


Artigo

DECÁLOGO DO FRACASSO NO CONTROLE DA DENGUE:
10. AUSÊNCIA DE ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL


Muitos municípios brasileiros tratam a Dengue como um evento passageiro que, algumas vezes se manifesta, e outras, não. Esse comportamento é resultante de desconhecimento da biologia do vetor, das formas de disseminação do vírus e de inexperiência de seus gestores na condução dos trabalhos de controle da doença.

Como consequência, esses municípios quase nunca estão preparados para um enfrentamento, de fato, dessa realidade: a Dengue é uma doença que tem crescido no território nacional, de modo permanente, cujo vetor, o mosquito Aedes aegypti, já está definitivamente incorporado na fauna entomológica urbana. Isso significa que é uma doença perene e que, absolutamente, não reza, de modo algum, pela cartilha da sazonalidade (não depende da época do ano) há um tempo já considerável, como ainda querem alguns despreparados.

No entanto, observamos, como regra geral, a ausência, no quadro das secretarias municipais de saúde, de uma adequada equipe para o controle da doença e de outras atividades que lhe são congêneres, fazendo irregular uso da prática da contratação temporária, que só é devida nas condições emergenciais que a Lei prevê. Sabemos, ainda, de municípios que mantém tais equipes “temporárias” operando, continuamente, há muitos e muitos anos, fazendo irregular uso de brechas permissivas em sua legislação municipal. Porém, em tais circunstâncias, os resultados positivos que, porventura, alcançarem também serão temporários.

Não é surpresa que, nos municípios nessas condições, o controle da Dengue é, praticamente, entregue aos responsáveis pelo controle de vetores, cuja equipe é, quase toda ela, de funcionários temporários, como se a doença, o surto ou a epidemia se resumissem, tão somente, a um grande exército de mosquitos que precisa ser eliminado a todo custo, mas sempre de modo pontual, quando aparecerem de forma mais intensa.

Essa política equivocada, fruto da ignorância científica, impede a formação de um acervo técnico entre os componentes efetivos das equipes da Secretaria de Saúde/Vigilância à Saúde, obrigando, desse modo, a um eterno e repetitivo aprendizado, voltando ao ponto inicial continuamente, e permanentemente operando um batalhão de despreparados. Os custos são muito maiores e o rendimento minimizado. Enfim, trabalha-se mais para uma produção menor, mas nunca construindo o acervo próprio que garante melhorias permanentes através da evolução ocorrida em cada experiência passada pela equipe.

A lentidão com que prementes questões são avaliadas e resolvidas (geralmente, não resolvidas) pelos governos locais enfraquece, de tal modo, o município diante dos surtos que se apresentam que impedem a evolução dos trabalhos e abrem um caminho permanente para a reincidência. Disso, então, resulta uma eterna necessidade de começar do zero a cada vez que se inicia uma nova “temporada”, ao mesmo tempo em que se sabe que essa sazonalidade não é real, que não existe de fato, e que o trabalho deve ser contínuo, de modo indefinido.

Citação:

[ Texto de Ricardo B. Buchaul, em www.chegadedengue.com.br ]

Todos os artigos estão disponíveis no formato pdf, e já editados para uma boa impressão, se for de seu interesse. A cópia e a reprodução estão autorizadas, desde que citada a fonte.


PÁGINA PRINCIPAL   |   ARTIGOS   |    A DENGUE NO BRASIL   |   PUBLICAÇÕES   |   LEGISLAÇÃO   |    LINKS   |   MATERIAL PARA DOWNLOAD
@ by buchaul